VULPIANO DE ARAÚJO JATOBÁ JÚNIOR
(1886-1948)
José Vulpiano de Araújo Jatobá Júnior, poeta, político e funcionário público, nasceu em 1883, no Município de São Miguel dos Campos, Estado de Alagoas.
Em 1908, com apenas vinte e cinco anos de idade, foi morar no estado de São Paulo e neste período assume o cargo de Secretário Particular no governo de Manuel Joaquim Albuquerque Lins Filho.
Estudou Direito na Faculdade de São Paulo, mas não chegou a concluí o curso e retorna para a sua terra natal.
Casado com Júlia França Jatobá e com ela teve os seguintes filhos: Giselda, Raquel, Ruth, Hayde, Lígia, Judith, José Altino, Estácio, Caio, Gracho e Rubens Jatobá.
Foi Prefeito Intendente da cidade de São Miguel dos Campos, por mais de uma vez, com apoio do primo Coronel Francisco Inácio de Araújo Jatobá.
Anos depois, viaja com a família para residir na cidade de Maceió e é designado para trabalhar na prefeitura municipal e posteriormente, ingressa nos correios da capital.
Ele também foi Deputado Estadual em três legislaturas e tinha em seu currículo a patente de Tenente da Guarda Nacional.
Pelo seu talento e conhecimento literário, o poeta e jornalista Romeu de Avelar o incluí na Coletânea dos Poetas Alagoanos.
Esse grande intelectual da nossa história, faleceu no dia 29 de setembro de 1949, na cidade de Maceió, com sessenta e seis anos de idade.
( Escrito por Ernande Bezerra de Moura ) – publicado em https://www.portalescritores.com.br/
AVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado. Bibl. Antonio Miranda
DESPEDIDA
Hora de partir. Funda tristeza
Deixava em prantos a mulher querida...
Lembro-me bem, pois sempre vive acesa
Na minh´alma tão triste despedida.
Manhã chuvosa. Pelos monte, linda,
A toalha do orvalho como neve...
Ela a pedir-me com insistência ainda
Que eu não me fosse ou que voltasse breve.
Era o dever — o de partir sozinho...
Último adeus, último olhar: Eu via-a
Na varanda, olhos presos no caminho
A seguir minha rota de agonia...
Já não podendo mais suster o pranto,
Paro de novo. A flor querida chora...
Um lenço aflito me acenava tanto
Que quase fico, não me vou embora...
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Página publicada em junho de 2021
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